O nascimento de um bebé é sempre um acontecimento muito especial e muito esperado por quem o vive.
Muitas vezes, à medida que a gravidez avança, o medo cresce, assim como a ansiedade e a alegria de termos o nosso bebé nos braços. O parto é um aspeto importante para o qual as mães devem estar preparadas e informadas.

PARTO POR CESARIANA

COMO É?

Na cesariana o nascimento realiza-se através de uma cirurgia, que consiste na realização de um corte a nível abdominal, de forma a poder alcançar-se o útero. O bebé é então retirado, e o corte posteriormente suturado.

QUEM PODE?

A cesariana não se deve tratar de uma opção abusiva, uma vez que se trata de uma cirurgia, acarretando maior número de riscos para a mãe e para o bebé. No entanto, existem situações que o exigem, sendo uma mais-valia na sobrevivência de muitas mães e bebés.
Algumas das indicações são: placenta prévia, rutura uterina, nascimento múltiplo, sofrimento fetal, desproporção feto-pélvica, pré-eclâmpsia, HIV, herpes genital.

RISCOS VS BENEFÍCIOS

A cesariana está associada a um maior número de riscos para mãe: maior incidência de infeção; ocorrência de hemorragia e subida dos níveis de pressão arterial; prolongamento da estadia no hospital para recuperação; formação de aderências na zona da cicatriz provocando dor e desconforto; maior risco de cirurgias adicionais.
Também para o bebé os riscos podem ser maiores, nomeadamente, no que concerne à probabilidade de problemas respiratórios, score de APGAR mais baixo e trauma da cirurgia. Muitas vezes a ligação mãe-filho no caso da cesariana fica adiada, sendo o bebé levado para longe da mãe enquanto os médicos terminam a cirurgia.

RECUPERAÇÃO

A recuperação na cesariana é um processo mais lento e doloroso. A permanência no hospital demora mais tempo do que no parto normal, sendo de aproximadamente quatro dias. Tal como noutra cirurgia a nível abdominal a recuperação exige limitação de esforços, e os músculos pélvicos só recuperam cerca de 6 meses após a cesariana.

ANESTESIA

Na cesariana, a anestesia pode ser local ou geral. Normalmente a geral é administrada apenas em situação de emergência, sendo a local administrada de forma a não se sentir qualquer dor do abdómen para baixo, muitas vezes até à cintura, ou em alguns casos acometendo também as pernas.

De grosso modo existem apenas dois tipos de parto, os que se dão por via vaginal, que dependem da forma como são conduzidos, e a cesariana. Contudo, o importante é estar informada das opções que existem, e que juntamente com o seu parceiro (ou pessoa significativa) decidam qual a vossa preferência e com qual das opções se sentem confortáveis, conversando posteriormente com o seu médico e avaliando a situação. Cada parto é diferente, cada casal é diferente, importa apenas que desfrutem do momento da melhor forma possível.